A Medalha Luiz de Queiroz foi instituída por decreto estadual nº. 11.035, de 29 de dezembro de 1977, destinada a galardoar as personalidades brasileiras e estrangeiras, por seus méritos pessoais e relevantes serviços prestados ao Estado de São Paulo em atividades relacionadas com o desenvolvimento da Agricultura.
Agraciados com a Medalha (ano)
Alysson Paolinelli (2017)
Formou-se agrônomo em 1959 pela Escola Superior de Agronomia de Lavras (Esal). Em 1971, assumiu a Secretaria de Agricultura de Minas e, em 1974, aceitou convite do presidente Ernesto Geisel para tornar-se Ministro da Agricultura. Após deixar o Ministério, ainda exerceu cargos de destaque na vida pública brasileira: Presidente do Banco do Estado de Minas Gerais, Deputado constituinte, Presidente da Confederação Nacional da Agricultura etc. Em 2006 foi agraciado com o World Food Prize, prêmio que equivale ao Nobel da Alimentação, por ter liderado o processo de implantação da Agricultura Sustentável no Brasil.
José Roberto Postali Parra (2015)
Engenheiro agrônomo formado pela ESALQ em 1968, onde atua como docente desde 1974. Especializou-se em Biologia e Controle Biológico de insetos-pragas. Seus estudos permitiram o desenvolvimento do Manejo Integrado de Pragas, formando gerações de pesquisadores e grupos de pesquisa no Brasil e na América Latina na área de defesa fitossanitária. Contribuiu para a utilização do Controle Biológico em larga escala em direção a uma Agricultura Sustentável. Recebeu diversas honrarias, deferências e prêmios nacionais e internacionais.
João Lúcio de Azevedo (2015)
Engenheiro agrônomo formado pela ESALQ em 1959, onde atua como docente desde 1960. Especializou-se em Genética de microorganismos, tendo sido pioneiro no País e formador de gerações de pesquisadores, envolvido inclusive com a administração e estruturação de vários grupos de pesquisa no Brasil. Recebeu diversas honrarias, deferências e prêmios nacionais e internacionais.
Fernando Penteado Cardoso (2009)
Engenheiro Agrônomo pela ESALQ-USP, em 1936, com o Prêmio Epitácio Pessoa para o melhor aluno. Fundador e ex-Presidente da Manah S.A., empresa de fertilizantes e pecuária de corte. Administrou diversos empreendimentos rurais. Foi Secretário da Agricultura do Estado de São Paulo, Presidente do IPT-USP e membro do Conselho Diretor do Centro Internacional para Desenvolvimento de Fertilizantes - IFDC. Recebeu a Medalha Ordem do Ipiranga, Grande Medalha da Inconfidência, Prêmio Mérito Científico do ESP e Engenheiro Agrônomo do Ano 1989 pela AEASP. Foi personalidade do Agronegócio pela ABAG em 2005,Personalidade de destaque em pecuária de corte em 2007 pela Associação Brasileira de Criadores de Zebu (ABCZ) - Uberaba, Associação de Criadores de Nelore do Brasil (ACNB) e Associação Brasileira de Criadores (ABC) e prêmio IAC para Fundações de apoio à pesquisa em 2008. Atual Presidente da Fundação Agrisus - Agricultura Sustentável, iniciativa de sua família, dedicada ao ensino e à pesquisa visando a melhoria e a conservação da fertilidade da terra e das condições ambientais envolvidas.
Roberto Rodrigues (2004)
Engenheiro Agrônomo pela ESALQ em 1965, doutor Honoris Causa pela UNESP, docente da UNESP Jaboticabal e da FGV, é empresário rural e líder do setor do cooperativismo. Fundador da Copercredi , da Orplana , da ABAG e da Eximcoop ; foi presidente da ABAG, da SRB, da OCB, da Aliança Cooperativa Internacional, e criador da AGRISHOW. Foi condecorado com o Prêmio Grande Oficial da Ordem do Rio Branco, Prêmio Mérito Científico do Estado de São Paulo e do Brasil , Engenheiro Agrônomo do Ano pela AEASP em 1987 e da década em 2004 . Foi Secretário de Agricultura do Estado de São Paulo e Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Representou a agricultura no CMN, no CNPA, no CONSAGRO, na CEC, no CONCEX e em outros Conselhos da República. É Presidente do Conselho Superior do Agronegócio da FIESP, conselheiro de diversas empresas de capital aberto e de instituições do agronegócio.
Marcílio de Souza Dias (2001)
Engenheiro Agrônomo pela ESALQ em 1943, professor do Departamento de Genética (1945-1974). Foi pioneiro no Brasil em pesquisas sobre melhoramento genético, que levaram à aclimatação tropical de diversas espécies de hortaliças de origem temperada, destacando-se couve-brócolos, couve-flor, repolho, alface e cebola. Desenvolveu os primeiros híbridos comerciais brasileiros de couve-flor e berinjela. Marcílio Dias foi um cientista singular, promoveu uma revolução na produção de hortaliças, que modificou nossa dieta e ajudou a dinamizar diversas regiões agrícolas do país. A Medalha Luiz de Queiroz foi concedida postumamente em 2001, na comemoração do centenário da ESALQ, em reconhecimento a sua grande contribuição para a horticultura brasileira.
Shunji Nishimura (1999)
Nascido no Japão, imigrou para o Brasil aos 21 anos, em 1932, após ter concluído o curso técnico em mecânica. Em 1948 fundou a "Máquinas Agrícolas Jacto S/A", empresa de destaque nacional e internacional na produção de pulverizadores agrícolas e desenvolveu a primeira colhedora automotriz de café do mundo. Implantou, em 1979, a Fundação Shunji Nishimura de Tecnologia mantenedora da Escola Técnica Agrícola de Pompéia, centro de referência na formação de técnicos agrícolas no País. Seu lema é: "É preciso sempre, semear mais vida". Shunji continua semeando amizades e tecnologia no Brasil todo e tem grande participação no desenvolvimento do agronegócio brasileiro.
Veridiana Victória Rosseti (1999)
Primeira Engenheira Agrônoma graduada pela ESALQ, em 1939. Pesquisadora Emérita da Divisão de Patologia Vegetal do Instituto Biológico, onde trabalhou desenvolvendo pesquisas em fitopatologia, destacando-se no cenário nacional e internacional principalmente pelos trabalhos ligados à citricultura, sendo uma das mais renomadas pesquisadoras da área de doenças de citros, tendo descoberto a Xylella fastidiosa. Realizou cursos na Universidade da Califórnia, no INRA/Versaílles e na Universidade de Orsay. Detentora de inúmeros prêmios na área citrícola e com uma enorme contribuição em publicações científicas e técnicas. Foi Engenheira Agrônoma do Ano pela AEASP em 1982. Recebeu o prêmio Frederico Menezes Veiga da Embrapa em 1992. Mérito Científico do Estado de São Paulo em 2001.
William Rod Sharp (1999)
PhD pela Rutgers University em 1967, foi um dos responsáveis pela introdução no Brasil das Técnicas de Cultura e Tecido de Plantas. Professor Titular do Departamento de Microbiologia da The Ohio State University, é atualmente membro do Comitê Consultor do College de Artes e Ciências desta Universidade. Foi Diretor de Pesquisa do Cook College e da Estação Experimental de Agricultura de New Jersey, na Rutgers University, USA, onde atualmente também é Consultor. Manteve intercâmbio científico com os Laboratórios do Centro de Energia Nuclear da Agricultura, foi um dos responsáveis pela implantação do Centro de Biotecnologia Agrícola na ESALQ. É membro correspondente da Academia de Ciências do Estado de São Paulo, é detentor da primeira patente em seres biológicos nos Estados Unidos (1986). Apoiou ativamente a criação do Programa de Pós-Graduação Internacional entre a USP, Rutgers e Ohio State University. Seu dinamismo e liderança é um exemplo aos professores e estudantes.
Álvaro Santos Costa (1995)
Engenheiro Agrônomo pela ESALQ em 1932. Doutor pela ESALQ em 1955, três pós-doutorados no exterior, sendo que em um deles recebeu menção no senado americano pelos trabalhos feitos com virose de beterraba na Califórnia. Pesquisador Emérito do Instituto Agronômico. Foi o fundador da Seção de Virologia do IAC. Recebeu a Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito Científico. Foi considerado um dos virologistas de plantas mais influentes do país, tendo gerado uma escola nesta área, cujos discípulos estão espalhados em quase todas as unidades da federação, Publicou mais de 600 trabalhos científicos e foi o Pesquisador com maior pontuação na Carreira de Pesquisador Científico do Estado de São Paulo.
Salvador Toledo Piza Júnior (1986)
Engenheiro Agrônomo pela ESALQ em 1921, Professor do Departamento de Zoologia (1922-1968), Professor Emérito da ESALQ. Destacou-se em Taxonomia voltada para a Zoologia e a Entomologia. Responsável pelos primórdios da Fisiologia Animal Brasileira. Doutor Honoris Causa pela Universidade de Berlim. Autor de inúmeros artigos científicos publicados em latim e outros idiomas. Didata, orador ímpar e de cultura elevada. Professor homenageado por inúmeras classes de formandos, temperamento afável e ao mesmo tempo muito contestador. Autor de poemas como Ode a ESALQ, Saudação a ESALQ e Bondinho. Foi membro do primeiro Conselho Universitário e secretário da reunião de posse do primeiro Reitor da USP, Reynaldo Porchat, em 1934. Engenheiro Agrônomo do Ano pela AEASP em 1984.
Philippe Westin Cabral de Vasconcellos (1985)
Engenheiro Agrônomo pela ESALQ em 1912, Presidente do Centro Acadêmico “Luiz de Queiroz”, Professor do Departamento de Horticultura (1914-1960), Professor Emérito e Diretor da ESALQ e editor da Revista de Agricultura. Foi pioneiro no Estado de São Paulo a destacar o potencial agrícola dos cerrados. Foi grande incentivador da Fruticultura de qualidade, realizando pesquisas pioneiras sobre a interação entre enxertos e porta-enxertos em citros. Selecionou mutações que deram origem à variedade de laranja Piralima e de caqui Luiz de Queiroz. A Sociedade Brasileira de Fruticultura nominou a variedade de laranja Westin em sua homenagem. Teve atuação decisiva na Consolidação do Parque da ESALQ, famoso pela beleza e estilo inglês de paisagismo, o qual passou a levar o seu nome a partir de maio de 1986.
Alcides Carvalho (1984)
Engenheiro Agrônomo pela ESALQ, em 1934. Pesquisador Emérito do Instituto Agronômico, Doutor Honoris Causa pela ESALQ em 1976, pioneiro da Genética Agrícola do Brasil. Foi membro da Academia Brasileira de Ciências do Estado de São Paulo e da Academia Brasileira de Ciências. Fez cursos de especialização em Genética na Universidade de Columbia. Recebeu o Grau de Comendador da Presidência da República em 1987. Recebeu o Prêmio Moinho Santista em 1987. Foi Agrônomo do Ano pela AEASP em 1988. A base do trabalho de Alcides Carvalho foi pesquisar a citologia, a genética e a evolução do cafeeiro. Resultados de suas pesquisas com melhoramento genético possibilitaram que o Brasil produzisse linhagens de cafeeiro mais competitivas no mercado internacional. Foi a maior autoridade em cafeicultura no Brasil, antecipando-se sempre aos problemas, como no caso da ferrugem.